O grau de interligação restringe as vibrações moleculares e praticamente interrompe a cura quando a resina vitrifica. A fronteira que separa os estados de vibração e de repouso molecular é conhecida como temperatura de transição vítrea (TG). Acima dela as moléculas vibram; abaixo, elas ficam em repouso.
A temperatura de distorção térmica (HDT), Heat Distortion Temperature, mede o grau de interligação da mesma maneira que a temperatura de transição vítrea. A diferença entre esses indicadores é que o TG está relacionado a uma propriedade fundamental da resina, que é a passagem do estado vítreo ao borrachoso, enquanto o HDT mede apenas um ponto na curva entre o módulo e a temperatura.
O HDT é determinado em corpos de prova imersos em óleo e ensaiados como vigas carregadas no centro com uma carga “P” conhecida. O ensaio é executado aumentando-se gradualmente a temperatura do óleo e observando o aumento da flecha no centro do corpo de prova. A teoria por trás desse ensaio é simples e se baseia no fato anteriormente citado de que a queda do módulo é acentuada quando a temperatura passa pelo TG.
A rápida queda do módulo, percebida pelo aumento brusco na deflexão do corpo de prova, é usada para indicar a passagem pela transição vítrea. A temperatura de distorção térmica é definida como aquela em que a flecha aumenta 0,25 mm em relação ao valor original. O HDT é um ensaio simples e rápido e serve para estimar o TG.
Assim, o TG pode ser definido como a máxima temperatura de transição vítrea, que corresponde à maior interligação possível de ser obtida. Essa temperatura é medida em corpos de prova curados em condições favoráveis para promover a interligação e deve ser informado pelo fabricante da resina. O TGA corresponde à interligação dos laminados curados parcialmente na temperatura ambiente e sem pós-cura, e o TGP corresponde à interligação dos laminados pós-curados e, geralmente, seu valor é um pouco menor que o TG porque na prática a cura não resulta em interligação plena.
Já o HDT é definido como a medida de interligação máxima possível e deve ser determinado em corpos de prova de resina pura curada em condições favoráveis para dar a máxima interligação possível. Os valores do HDT são muito próximos aos do TG e também devem ser informados pelo fabricante da resina. A Tabela 7.9 mostra como os graus de cura e de interligação se relacionam com as temperaturas de transição vítrea e de termodistorção de resinas estervinílicas.